Imagem de Eli
Não me apetece ouvir o relógio a compassar aquilo que já sei. Aquele lugar abeira-se de mim e mostra-me um caminho demasiado fácil. Talvez sejam as respostas pouco nítidas que me fazem parar e olhar para o fundo de mim. Gostava de conseguir entregar uma solução a pessoas que me tocam o coração. Sinto que as minhas palavras são insuficientes, que os meus conselhos não servem para amar. Num turbilhão de histórias comuns aos filmes, encontramo-nos com a realidade e aprendemos que o futuro não existe, que só o agora vale a pena. Neste momento, somos, seguramente, resultados de um passado. Queremos a pluralidade que o sonho nos apregoa. Sonhamos com aquele beijo. Quando a luta desigual entre a razão e o coração é sangrenta, todos saem prejudicados. O eco da música inspiradora vai calando o desalento. A expectativa senta-se ao meu lado e faz-se sentir nas viagens de afecto. Ainda que o mistério perturbe a passagem entre o humor e o desejo, vislumbro uma réstia de futuro.
Eli
:)
Participação com palavras e imagem inéditas no Desafio da
de Abril
Tema: Abismo