Agora nem nómada, nem emigrante.


domingo, novembro 04, 2018

Andar

Nem para dançar
Sequer
Uma palavra escrever

Vim à procura daquilo que não me busca
Talvez outra oportunidade
Uma mudança brusca
Que me traga a mim, nesta ou noutra cidade...

domingo, outubro 14, 2018

Voltar

Não sendo possível viver naquela Terra com ausência de sentimentos, prostrei-me.

Deixei que as palavras me abalassem e voltei àquela sensação que inspira, que me torna menos (ou mais) vulgar.

Permiti-me amar.

Foi só por uns segundos, numa voz plantada sem raízes, um semear que lá vai quase regado em datas comuns.

Porquê?!

Eu até lhe enviei aquele pedaço de música...

... que ele apreciou...

E agora minha alma voltou a ser poesia de estações menos ventosas. Como hei de agora sobreviver ao inverno sabendo que existe um aconchego?!

Foram muitos anos sem sensações, uma mão esquerda sem teclas, uma boca sem ter.

Como agora serei a resistente, aquela cuja sede não a alcança...

Como fugir sem fuga e lembrar que quem não quer chegar também não parte e as borboletas morreram

Eli R.

terça-feira, junho 12, 2018

Solarengo

Entretanto, o dia fez-se claro quando voltaste só porque sim.
Gosto desta leveza que trouxeste para mim
Visto uma saia que uso só porque me apetece
És alguém único que me enternece

:)

Eli

segunda-feira, junho 11, 2018

Gravidade suave

Foi uma caminhada tão vagarosa que não deu para ouvir o beijo do mar. Passou por mim, trouxe-me calor e depois foi-se embora. Já não sei o que queria, mas de certeza que não seria mais do que o de sempre transformado em demasia.

Volta, para que a gravidade não se torne tão pesada.

Eli Rodrigues

terça-feira, maio 01, 2018

Básica

Enquanto eu podia,
Usufruí de um sentimento familiar
Para que não desaparecesse
Antes da próxima melodia

Veio da música a vontade de voltar
Volvendo histórias básicas, sem amor
Que me trouxesse
A nossa rebeldia

Agora avança no se tido do som e do mar
Traz-me o riso e o desplante do calor
Aproxima-te, rouba-me a solidão
Embora, arrebata-me o coração!

Eli