Agora nem nómada, nem emigrante.


terça-feira, outubro 26, 2010

Naufrágios

Imagem de Eli


Ainda que o turbilhão já tivesse passado
Atiro-me ao Oceano em pensamentos
Perguntando por mim

Terei apenas sussurado?
Por isso, não passam os tormentos
Arrisco mais uma noite assim...

"Aqui estou eu", pronta para amar
E não me vale de nada a sabedoria aplicada
Enquanto, em cada invetida, naufragar.

Eli

terça-feira, outubro 12, 2010

Lápides



Ninguém quer falar da solidão. Todos fingem que ela não existe. Ainda hoje, ao telemóvel com uma amiga (sim, amiga, não conhecida ou colega ou outra coisa), deparámo-nos com uma situação deveras invulgar. Somos as duas (bem) sucedidas quer pessoal, quer profissionalmente e estávamos mais uma vez sozinhas... confinadas a umas paredes largas demais, até para mim, que cresci para os lados, tudo a que tinha direito.

Depois, os assuntos que nos assolam verdadeiramente têm que nos passar ao lado? Mas que falsas seríamos se não abordássemos cada tema com o direito que temos?!

Na verdade, estou bem. Não me estou a queixar do que tenho, do que sou. No entanto, as circunstâncias espaciais confinam-me a isto.

E... pela primeira vez na minha vida, pesquisei lápides no google. Ya. Não quero pena. Apenas pretendo continuar a falar das coisas.

Eli

sábado, outubro 09, 2010

N Y


Se calhar a inspiração passou naquele exacto momento.
Nem vislumbro soluções, nem escrevo a branco.

Sinto o meu pensar na vida brando demais.
Ocupo-me com inspirações banais.

São momentâneas, escassas e tacanhas...
... as palavras que amontoo... estranhas.

E se eu ousasse?!
E se eu viajasse?!

E se um ditongo me percorresse o espírito aventureiro?!
E se as perguntas de repente tivessem um terceiro?

Eli

:)

Inspiração

quarta-feira, outubro 06, 2010

Capacidade

Fotografia por Eli

Se calhar... talvez... isto sirva mesmo para me mostrar, mais uma vez que tenho aquela capacidade e que tenho que fazer alguma coisa com ela. O controle, a ambivalência, o amor, a abrangência. Quando olho à volta e não tenho pouco espaço onde me possa resignar, as portas mantêm-se abertas, selectivamente. Como se de manhã os passos fossem curtos, racionais, quase indiferentes àqueles com quem durmo. Um sonho. Sonhei contigo, em segredo, entre um acalmar e um abraço, in... discreto. Estavas lá. Eras. Depois, tomei aquele banho e parti. Encontrei mais um pedaço de ilha continental! Que estranho, a voz ficar rouca... a cabeça dói e nem a música me salva. Fiquei demasiado vacinada. Será que este momento pode ser um ponto de viragem para o infinito?! Seria eu a estrela mais brilhante do teu céu?!

Eli

sexta-feira, outubro 01, 2010

Não tenho medo...

Imagem daqui

Talvez a minha força nem esteja ao alcance dos cobardes... Os Sonhos amontoam-se uns atrás dos outros, mas não conseguem realizar-se sozinhos. Dou-lhes um pontapé e eles põem-se a mexer. Entre ditongos e queixas permito que alguns espreitem pela janela, onde a linha do comboio se desfaz a cada minuto com a passagem. Não parti nessa viagem e não me encontrei com ele.

Eli