Agora nem nómada, nem emigrante.


quarta-feira, julho 26, 2006

Simplesmente sonhos...

Começo este texto pensando que não vai dar para pôr sequer uma imagem, pois estou num local público... apesar das minhas tentativas de ter internet em casa...

Mas, era para começar a escrever sobre uma história... do tipo de "era uma vez"... uma história apenas... mais uma.

ONCE UPON A TIME...

Numa noite destas, se tivesse net, tinha escrito sobre o barquinho onde navego, mesmo não vendo a água e de um navio, onde navega uma outra pessoa...

Duante algum tempo, ele dispôs do seu tempo para estar à beira do seu grande navio, comunicando comigo.

Acho que amarrou uma corda invisível ao meu barquinho a remos, para não se perder de mim...

Um dia, a corda deve-se ter soltado, desamarrado...

E vi-me cada vez mais longe.

Eu remei, remei, remei...

Mas, uma planta não sobrevive apenas com uma água.

THE END

Nem todos os sonhos precisam de ser realizados. Alguns existem apenas para o ser, simplesmente sonhos!

quinta-feira, julho 13, 2006

Desci a rua...

Vista para a praia ("pexixinha") e cidade de Angra do Heroísmo
(onde moro)

Uma das mais apaixonantes "imagens" da Terceira


Desci a rua mais uma vez...

Desci a rua mais uma vez... uma como tantas outras em que pensava trazer-te no pensamento, mas quem estava a pensar em mim era eu... mas, novidade, eu já não sou só eu e tu não és apenas extensão de mim. Estás em mim e fazes parte do meu eu, por isso, quando me falta parte, não me sinto completa...

Desci aquela rua, onde já me falaste ao ouvido com um sorriso ténue, tímido, teu e sussurámos palavras atlânticas, num desmistificar de ondas de perfeição, que não anseio, não quero, não consigo.
Nos teus braços me fiz sonhar... envolveste-me e parei de pensar de tanto sentir!


Desci, com passos confiantes, aquela rua que já me inspirou textos vezes sem conta... mas não tinha onde, nem como escrever... então, deixei-me flutuar em poesia. O asfalto dá-me conta da festa que foi ali outrora, que preencheu sonhos fugazes de estómagos vazios... porque a impressão na barriga acontece simplesmente... A festa acabou e... tal como todas as festas, trazem o êxtase, mas não deixam de ser apenas isso, momentâneas. Não quero festas. Quero olhar a estrada que desci mais uma vez sem reparar nos papéis no chão da festa que foi, dos cheiros a comida da festa que foi, dos cheiros a bebida da festa que prossegue com o presságio de acabar em horas tardias. Quero fazer parte do difícil, do fácil, do encantador, do apaixonado, mas quero fazer parte, porque do ausente sinto que às vezes não faço parte, embora saiba, só que eu decidi que podia reger-me pelo coração... então, a compreensão torna-se árdua, mas tento e, num dia de cada vez, consigo. Hoje consegui. Amanhã começo de novo outra vez.

Tenho música nos ouvidos. São teclas de um piano. Uma voz canta “I miss you”... e eu sorrio, porque consegui “parar de fazer” e “esperar por”, porque sentimos o sonho.

E vou conduzir-me a casa.

Estou de partida.

Desci aquela rua como tantas outras vezes que me inspirou para escrever neste espaço (blog), neste espaço (Açores).

Aprendi tanto aqui, mas sei tão pouco, que cada dia me vejo envolvida em novas aprendizagens de mim, substancialmente...

Eli

:)

E... música nos teus ouvidos e...

P.S. Fotos de Eli, tiradas em Outubro de 2005.

sábado, julho 08, 2006

Sonho Insular


...são páginas e páginas brancas por escrever
Onde me perco
Com certezas que me apertam o estómago
Libertam a alma
Enchem-me de sensações
Que se terminam em sorrisos

Sou um todo de solidão
Que não passo sozinha
Pois, carrego no meu colo
Anjos como amigos
E amizades que não se perdem
Embora se transformem

Há que plantar
Cultivar
Amar...

Contruir
Sentir
Sorrir

Há que sonhar com pontes e barcos
Com navios e rios

E sonho.

Imagino onde já fui sem daqui sair
E o que construí onde não estou
Só porque não deixei ficar para trás
O que de melhor sou capaz

Às páginas tantas...
A tinta acabou
E num aglomerado de visões
Surrealistas
Inspiradoras de sombrios corações
Volto a ver tudo no seu lugar
Com pedaços de mim
E do meu sonhar

São brancas, grandes estas páginas novas
Onde revelo em ti, meu ser
Estão por escrever, pesadas
Vou ter que as transportar
Mas não vou sozinha
Vais onde eu estiver
Vais-me abraçar.


01:14 (Açores)

Eli

:)

P.S. Agradeço ao Fernando Vasques ter-me enviado o mail onde estava esta imagem, a qual já tinha sonhado, mas não sabia da sua existência!

domingo, julho 02, 2006

Imagens

Ilha Terceira (ponto mais alto)

São imagens...
Vislumbro imagens com os olhos
Mas, não estou ali, no espaço
Estou tão longe tantas vezes

E... apesar de pensar e pensar
Sinto-me vazia sem comunicar

São filmes que se fazem na memória
Mas, fico sempre eu como observadora

E... entristeço-me tanto...
Não queria revelar essa mágoa
Pois sei que não é propositada

Mas... de que vale ensinar o coração?!
Tantas tentativas e espero...

Eli

:)

E sorrio porque confio em ti.